quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Polêmicas rondam os bastidores de "Carrossel"



Duas polêmicas, pelo menos, rondam o atual sucesso de "Carrossel", do SBT. A primeira é o fato de a novela infantil fazer merchandising, inclusive com as crianças do elenco.

O próprio Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) condena que se use o apelo de um personagem do universo infantil para vender produtos diretamente. Quando esse personagem é também uma criança, tanto pior.

Mas os alunos da Escola Mundial tornaram-se galinhas dos ovos de ouro. Além da propaganda embutida na novela, faturam com licenciamento e bombam a audiência de todo o canal -hoje mesmo Larissa Manoela/Maria Joaquina vai cantar no "Domingo Legal"...

A falta de freio do SBT com o uso das crianças nesse novo baú da felicidade é um prato cheio para quem defende que a autorregulamentação não é suficiente para evitar abusos. E não são poucos os projetos de lei propondo controle do governo na publicidade infantil.

Uma outra controvérsia é menos política e ronda conversas de professores e pais. Crianças estão imitando o comportamento dos personagens. Se for um gesto meigo de Cirilo, ótimo, mas se for uma birra de Maria Joaquina, aí complica.

Tanto essa questão quanto a da publicidade só reforçam algo que parece consenso entre especialistas em mídia e criança: é preciso sentar ao lado dos filhos no sofá.

Com um adulto ao lado para dizer que a sandália da marca tal não é boa só porque Maria Joaquina usa ou que ela não deveria tratar Cirilo mal só porque ele é pobre, "Carrossel" pode ser um ótimo programa. Assim como qualquer infantil, aliás. 
Fonte: Laura Mattos

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